A resposta sobre o crescimento dos projetos de SPDA é simples! O Brasil é o país em que há a maior incidência de raios no mundo. Por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o país é atingido por 50 milhões de descargas elétricas.
Por isso, o projeto de SPDA é muito importante.
Além de tornar a população mais vulnerável a ser atingida por um destes milhões de raios, esta realidade ambiental também expõe a riscos as instalações e equipamentos elétricos presentes em quaisquer lugares que possam ser atingidos.
Diante deste dado surpreendente, a obrigatoriedade da instalação de sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), ou seja, um projeto spda, popularmente conhecidos como pára-raios, foi institucionalizada por meio da nova NBR 5419.
Nesta nova regra, foram estabelecidos novos padrões para aumentar a segurança das pessoas e das instalações das edificações.
Nela são especificados todos os padrões para os projetos de instalações elétricas.
O primeiro passo a se destacar é o fato da NBR 5419 priorizar a segurança das pessoas e não dos equipamentos elétricos.
Ou seja, para que um projeto de instalação elétrica contemple também a proteção de itens eletroeletrônicos é necessário se ater a outras normas técnicas, que, entre as várias recomendações, orientam o uso de:
- Surtos
- Filtros de linhas
- Placas conhecidas como “no-breaks”
- Fios terras.
Os projetos de implantação destes sistemas deve ser feito única e exclusivamente por engenheiros que tenham esta capacitação e habilitação junto aos conselhos regionais que os regem.
Como funciona o SPDA
No projeto de instalações elétricas, a princípio, podemos detalhar como um Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é dividido. Sua constituição se baseia em três partes:
A captação, onde o equipamento vai estar em contato direto recebendo a descarga elétrica, o subsistema de descida, que conduz esta descarga até o destino final, e o subsistema de aterramento, para onde a descarga é levada a eliminação, por meio do aterramento.
Como a própria norma técnica define, é importante que os três subsistemas sejam planejados e instalados com detalhes para que todo o sistema funcione perfeitamente bem, garantindo a segurança das pessoas que residem ou convivem na edificação em questão. Empresas de manutenção industrial são fundamentais nesse processo.
Dentro do subsistema de captação, o engenheiro vai determinar o número de captores de pára-raios, tudo por meio de uma conta feita a partir do tamanho da edificação.
A princípio, o que é calculado é o número correspondente à multiplicação do comprimento, da largura e da altura do captor em relação ao chão.
Qualquer objeto metálico pode ser considerado um captor, como tubo metálico, uma torre, ou até mesmo um guarda-corpo de uma varanda, por exemplo.
Como é feita a instalação de SPDA
Normalmente, a instalação de um bom subsistema de captação envolve o que é conhecido como gaiola de faraday – um perímetro de cabos de cobre nu rodeando a área a ser protegida, com vários cabos transversais, formando uma espécie de grade.
A partir da determinação dos pontos de captação, o responsável técnico vai interligá-los, por meio de outro cabeamento, ao subsistema de descida, que conduz a descarga ao aterramento.
No subsistema de descida, utiliza-se de cabos de cobre nu.
Em prédios com menos de 20 metros de altura, utiliza-se aqueles de 16 milímetros quadrados, já para prédios maiores, acima de 20 metros de altura, deve-se usar um de maior gramatura, com 35 milímetros quadrados.
GA descida dos cabos até o aterramento deve fazer uso também de anéis.
Todo este cabeamento é descido ao longo de toda a estrutura do edifício.
Uma particularidade técnica permitida pela NBR 5419 é o uso do próprio pilar, por meio da estrutura metálica, como condutor de eletricidade. Desta forma, o subsistema sofre uma economia em cabos.
Por último, temos o subsistema de aterramento, que é o local onde a energia será dissipada e seu impacto sobre a edificação – no que se refere a risco de descargas aos seus ocupantes – será eliminada.
A norma técnica, assim como permite que o próprio pilar sirva de descida da descarga, também oferece, como um sistema de aterramento eficiente, a utilização das fundações e colunas enterradas, do próprio alicerce.
Além disto, pode-se constituir um aterramento aos raios recebidos as hastes de alta camada, cobertas de cobre, colocadas sobre uma barra de aço enterrada no solo.
Além destas possibilidades de sistema de proteção contra descarta elétrica que visam a segurança da pessoa humana, outras normas técnicas especificam, também, a proteção das instalações, das linhas de transmissão e de produtos que estejam ligados ao sistema de elétrico do local.
É importante ter o contato de uma empresa de manutenção de confiança para esse tipo de serviço.