Com a popularização dos projetos de automação industrial, as fábricas têm se tornado cada vez mais dependentes da eletricidade. O motivo por trás disso é o fato de que tarefas anteriormente feitas de modo manual, ou mesmo com a ajuda de máquinas menos robustas, passaram a ser realizadas por equipamentos complexos que, normalmente, são alimentados com eletricidade.

Por mais que o ganho de eficiência desses projetos seja inegável, ele cria outra necessidade: a gestão do uso de energia. Isso pois, em alguns segmentos, o custo com a eletricidade pode representar até 40% de todas as despesas operacionais – e, em um contexto de crise econômica, qualquer corte de custos é bem-vindo.

Quer aprender mais sobre isso? Então continue lendo e confira algumas maneiras de aprimorar o controle do uso de energia em sua indústria:

  1. Invista na automação industrial

Por mais paradoxal que isso pareça, o investimento em automação industrial é uma das melhores maneiras de racionalizar o uso de energia em uma indústria.

Isso acontece por existir diversos aparatos que fazem o monitoramento do consumo de forma automatizada, gerando dados que podem ser aproveitados pelo gestor do estabelecimento para buscar oportunidades de economia.

Porém, nem tudo são máquinas: há outras maneiras de se cortar os gastos com esse recurso. Entre as soluções que podem ser usados nesse sentido, estão:

  • Sensores;

  • Aplicativos e outras ferramentas de monitoramento;

  • Equipamentos reconhecidamente econômicos;

  • Consultorias especializadas.

Vale ressaltar que, no contexto atual, esse último item é especialmente importante: uma das maiores preocupações dos gestores atuais têm sido buscar insights que eles próprios não seriam capazes de proporcionar, justamente por terem o olhar “viciado” para o seu negócio. Assim, trazer um profissional externo pode ser uma boa opção.

  1. Conte com equipamentos que adaptem a corrente

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, correntes elétricas não são todas iguais, pois há a possibilidade de que algumas variáveis sejam distintas, como o sentido ou mesmo a tensão.

Isso, por sua vez, faz com que a corrente elétrica que chega em seu estabelecimento por meio da rede de distribuição não seja a mais adequada para alimentar suas máquinas, o que, por sua vez, pode fazer com que elas sejam menos eficientes do que deveriam.

A boa notícia é que há uma série de aparatos disponíveis no mercado que podem fazer correções na corrente, de modo que ela assuma as características ideais para os seus equipamentos.

Um dos mais populares é o auto transformador: Ele tem a capacidade de transformar uma corrente de 110 volts em uma de 220 volts, e vice-versa, além de haver modelos que trabalham com tensões alternativas.

Isso é importante pois, caso a tensão seja baixa, a máquina não terá energia suficiente para funcionar adequadamente, enquanto que, se ela for muito alta, ela poderá ficar sobrecarregada e sofrer danos.

As voltagens trabalhadas, entretanto, não são o único fator que deve pesar na escolha de um equipamento do tipo, pois há diversos modelos no mercado.

Por exemplo: enquanto o transformador a oleo atua usando esse material para dissipar o calor gerado durante o seu funcionamento, os transformadores a seco, como o seu próprio nome diz, usam o ar com essa mesma finalidade.

Cabe ao proprietário do negócio estudar ambos os modelos para decidir qual é aquele que melhor atende suas necessidades.

  1. Avalie a necessidade de ter uma cabine primária

Muitas vezes, é possível fazer a correção necessária na corrente transportada pela rede de distribuição logo quando ela entra na instalação elétrica da fábrica. Para isso, se usa um equipamento chamado cabine primaria. Sua função é permitir que o imóvel seja ligado a rede em uma tensão superior ao nível máximo oferecido por ela.

Na prática, isso acontece quando a fábrica precisa trabalhar com uma corrente de média tensão ou quando a tensão necessária é baixa, mas é superior àquela oferecida pela distribuição regular.

Vale ressaltar que, assim como muitos outros procedimentos industriais, sua implementação não é tão simples, ou seja, é preciso estudar as características da indústria para definir quais são as melhores técnicas a serem usadas. Isso, por sua vez, não deve ficar nas mãos de empresas de automação industrial, mas de especialistas em projetos elétricos.

Por fim, é preciso ter em mente que há normas reguladoras que fixam certos padrões para a instalação desse item. Nesse caso, trata-se de NBR 14.039, de 2005. Assim, é fundamental que todos os profissionais envolvidos no projeto a conheçam.