A indústria tem sido um dos setores mais afetados pela retração econômica pela qual o Brasil passou, bem como por sua lenta recuperação.
Dados da Pesquisa Industrial Anual Empresas (PIA-Empresas) revelam que, entre 2013 e 2017, quase 14 mil empresas deste ramo fecharam as portas. Isso causou uma queda de investimentos que chegou a 25%, bem como no fechamento de 1,3 milhões de postos de trabalho.
Isso mostra que, se administrar qualquer negócio é um desafio por si só, gerir uma indústria pode ser ainda mais complicado.
Afinal, é preciso investir em maquinário, atualizações de tecnologia, matérias-primas de qualidade e mão de obra qualificada, o que é difícil quando também é preciso manter o orçamento do estabelecimento sob controle.
Por conta disso, é importante que todo proprietário do ramo industrial tome algumas atitudes, no sentido de fazer com que o seu negócio se torne mais competitivo – e, assim, tenha mais chances de sobreviver as flutuações econômicas.
Confira algumas delas a seguir:
Tudo deve ser administrado com rigor
A transformação de matérias-primas em produtos prontos para o consumo é algo que envolve uma série de procedimentos.
Isso faz com que o gerenciamento de processos seja uma ferramenta extremamente útil para manter uma indústria competitiva.
O motivo por trás disso é o fato de que esta técnica mantém toda a empresa sob controle.
Afinal, para colocá-lo em prática, é preciso mapear todos os processos, acompanhar de perto o investimento necessário para a realização de cada um, o desempenho dos funcionários e das máquinas responsáveis.
Como isso acaba por criar um panorama completo do negócio, contar com esse tipo de gerencimento também permite a fixação de metas para cada setor.
Isto, por sua vez, é algo que tende a aumentar consideravelmente a produtividade: todos saberão o que deve ser feito para atingir determinados objetivos, orientando o trabalho da equipe.
Ter um gerador de energia é fundamental
Boa parte dos equipamentos usados em indústrias são movidos a eletricidade. Entre eles, estão:
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Compressores de ar;
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Máquinas de solda;
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Motores;
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Ferramentas de automação, como monitores.
Consequentemente, qualquer falha na rede de distribuição elétrica pode prejudicar o andamento dos trabalhos em uma linha de produção.
Afinal, sem uma fonte de alimentação adequada, os equipamentos simplesmente não funcionam.
Por conta disso, é muito importante que o empreendedor invista na instalação de um gerador de energia no local.
Em caso de interrupção no abastecimento de eletricidade, ele entra em ação, fornecendo a energia necessária para que a linha de produção não pare de trabalhar.
A voltagem da corrente merece atenção
Contudo, falhas na rede de distribuição de eletricidade não são o único problema que merece atenção.
Como todo e qualquer aparelho funciona melhor quando alimentado com correntes que têm determinadas características, é preciso observá-las e corrigi-las, especialmente quando houver divergências entre o que é necessário e o que é oferecido pela rede de distribuição.
Felizmente, este procedimento é simples: há equipamentos que podem promover mudanças no fluxo de eletricidade, de modo a adequar as necessidades de cada equipamento.
No caso da tensão, pode-se usar o transformador de voltagem, que atua convertendo correntes de 100 para 220 V e vice-versa.
Isso é importante, pois a voltagem excessiva pode causar sobrecargas e danos, enquanto que a insuficiente pode não fazer o aparato funcionar devidamente.
Vale ressaltar que este aparato não é usado apenas na indústria: ele também costuma estar presente em residências.
Afinal, no Brasil, a tensão pode variar não apenas de uma cidade para a outra, como, também, dentro do mesmo município. Nestes casos, um transformador de 110 para 220 é fundamental para evitar problemas.
O sistema supervisório é um bom investimento
Temperatura, pressão e nível de fluidos. Estes são apenas alguns dos indicadores que devem ser monitorados ao longo de um processo industrial. Nota-se, portanto, que esta tarefa pode consumir muito tempo dos funcionários.
A boa notícia é que também há um aparato que pode simplificá-la: o sistema supervisório scada. Dependendo de sua configuração, ele pode emitir um sinal quando alguma variável atingir um nível crítico. Desta maneira, a equipe sabe quando é preciso averiguar a situação de alguma máquina ou fase do processo produtivo.
Reparos devem ser feitos por quem entende deles
Apesar de todo o cuidado dispensado aos equipamentos, o desgaste sofrido por eles durante o uso faz com que os defeitos – e, consequentemente, os reparos – sejam inevitáveis.
Quando a hora chega, é fundamental que o procedimento fique nas mãos de quem entende do assunto. Por exemplo: o conserto de geradores a gasolina não deve ser delegado a um profissional especializado em versões fotovoltaicas.