Para realizar o uso adequado das chaves do setor industrial, é necessário conhecimento a fim de utilizar o modelo correto para o procedimento.

Desta forma, é possível otimizar a produtividade e permitir que equipamentos e profissionais possam desempenhar suas funções de maneira segura e adequada.

Chave storz

Companhia diuturna dos bombeiros, a chave storz é também um dos primeiros conhecimentos apresentados a brigadistas de incêndio, atrás apenas dos próprios extintores.

Trata-se de uma ferramenta auxiliar para engate rápido (e desengate) de mangueiras em hidrantes. É obrigatória nos painéis de hidrantes, pois as mangueiras são guardadas desengatadas.

Considerando que diferentes locais têm necessidades de instalações diferenciadas, as chaves storz têm tamanhos coerentes com as bitolas das válvulas e dos respectivos engates.

Normalizada por entidades como ABNT e ASTM, a Chave storz é oferecida em Alumínio, bronze ou latão e atende a cinco tipos de conjuntos de mangueiras, visando diferentes aplicações.

Disponível em 1,5 ou 2,5 polegadas, manobra mangueiras diferenciadas pelo ambiente em que operam: residencial, comercial, industrial leve, industrial pesado, de combate a incêndios (hidrantes) e indústria naval.

Mais do que a vazão ou a pressão limites, o que diferencia as mangueiras é o grau de abrasão a que são expostas.

Chave de fluxo

Também chamada de fluxostato, a chave de fluxo visa conferir o normal funcionamento de um sistema. Quando se trata de uma rede hidráulica que alimente rede de combate de incêndio via sprinklers.

Não havendo foco de incêndio, o fluxo é zero, a chave de fluxo confirma essa condição, que deve ser a mesma detectada na central de monitoração.

Ocorrendo o fogo, os sprinklers disparam, é esperado que ocorra uma vazão e que a chave de fluxo sinalize essa condição, novamente coerente com a central de monitoração de fogo.

Caso ocorra na chave de fluxo, indicação diversa à da central de monitoração, um alarme secundário sinalizará a incongruência (diferença) e que é preciso ações adicionais.

Conserto na chave de fluxo, da central de monitoração ou no ramal hidráulico de combate de incêndio, também conhecido como chave de fluxo incendio.

Chave de fluxo eletrônica

Um modo de se monitorar a presença de fluxo é via circuitos eletrônicos. São aplicações limitadas dos sensores de vazão, que podem se basear em placas de orifício.

Que detectam o fluxo pela diferença entre as pressões a jusante e à vazante da placa; é aliás, sabido que não havendo fluxo, as duas pressões resultam iguais.

Outros dois modos de se implementar uma chave de fluxo eletrônica, menos invasivos, são o ultrassônico, que mede a frequência produzida pela passagem das moléculas de água.

No ponto onde o microfone ultrassônico executa a medida, por fora do duto. E o processo eletromagnético, que busca captar a intensidade de campo gerado pela passagem das moléculas.

Nos dois casos, na ausência de fogo, o ultrassom não se manifesta de modo constante, valendo o mesmo para a indução eletromagnética (com vazão nula).

Chave seccionadora tripolar

A chave seccionadora tripolar é também chamada de chave trifásica. Tensão trifásica é o tipo de energia elétrica produzida nos geradores, sejam hidrelétricos, eólicos ou movidos por reator atômico.

É frequente a imensa energia convertida nas usinas, necessitar ser transferida por distâncias de centenas, eventualmente milhares de quilômetros.

O tráfego em distâncias nessas ordens, poderia ser proibitivo caso realizado em tensões reduzidas (440 V ou menos).

Para evitar perdas excessivas nas redes de distribuição interestaduais, um dos caminhos seria engrossar a bitola dos cabos.

O que é inviável, seja pela quantidade Cobre ou Alumínio essenciais, pelo peso da rede e do porte da infraestrutura, e principalmente pelo custo.

A alternativa usada é elevar a tensão nas linhas de transmissão. Assim, nas redes externas às cidades, as tensões trifásicas podem subir acima de 200kV (200.000V).

Mas quando as redes são derivadas para as cidades, os valores decaem entre 138kV e 69kV. No perímetro urbano são comuns redes de média tensão, entre 2,3 e 44kV.

Estas redes que chegam aos postes urbanos e alimentam os transformadores, que abaixam as tensões para uso doméstico ou comercial (110/220V) ou industrial (380/440V).

As redes, conforme descritas, muitas vezes necessitam de manutenção: nesse momento se torna essencial interromper as linhas e desenergizar algum trecho.

A desenergização deve obrigatoriamente atingir as três fases, simultaneamente. É onde as chaves tripolares entram em cena. É importante ressaltar que chaves seccionadoras, normalmente, não visam interromper correntes: essa função cabe aos disjuntores.

Chaves seccionadoras isolam trechos de rede elétrica para manutenção. Existem diferenças entre chave seccionadora tripolar baixa tensão e a de alta tensão.

É a NR10 (Norma Regulamentadora editada e atualizada pelo Ministério do Trabalho) cita como tensão baixa qualquer valor até 1000V. Nesses casos, a chave seccionadora atua removendo os três fusíveis, simultaneamente.

Chave seccionadora de alta tensão

No tocante às de alta tensão, além de sujeitas a tensões maiores, as seccionadoras comumente manobram correntes bastante superiores (às das equivalentes em baixa tensão).

O que as sujeita a centelhamento intenso e à formação de efeito Corona, evento razoavelmente danoso para a infraestrutura e perigoso para os operadores.

Assim, chaves seccionadoras para alta tensão, trazem isolação reforçada e geralmente são acionadas à distância, assistidas por servomecanismos e controles remotos.