A primeira associação, quando se fala em ar comprimido, é ligada à rede de ar comprimido industrial.
É na indústria que se costuma criar uma rede de dutos, alimentando diversos departamentos, todos confluindo para os filtros reguladores, e destes para o compressor, que, geralmente, atende às necessidades da empresa toda.
O ar comprimido, de um modo ou de outro, é um relativo conforto, possibilitando executar limpezas, secagens, aspersões,e eventualmente acionar equipamentos.
Ar comprimido, dependendo do ramo de uma indústria, tem tudo a ver com controle de qualidade, controle em processo, limpeza de equipamentos, higiene de ferramentas, etc.
Ar comprimido em hospitais
Em hospitais, o ar comprimido é usado em respiradores, mas, para tanto, deve receber tratamento, para ser considerado adequado para ser servido a pacientes que podem estar debilitados.
Seguindo normalização europeia, o compressor de ar comprimido medicinal deve incluir um secador de adsorção (mistura em nível molecular), que possibilita remover toda a umidade (vapor de água), o que esteriliza praticamente todos os microorganismos em suspensão, assegurando a não-proliferação através de vias respiratórias.
Além disso, considerando que não se trata de Oxigênio puro, o ar que entra no compressor está sujeito a conter
Monóxido de Carbono, altamente danoso, por se agarrar à hemoglobina no sistema circulatório do paciente (e essa adesão é de remoção extremamente difícil); passando-se o ar em processo através de catalisador HOC, que converte Monóxido de Carbono em Dióxido de Carbono, que por sua vez é incapaz de retornar ao organismo por via respiratória.
Deste modo, a rede de ar comprimido hospitalar passa a oferecer, para o uso dos pacientes, ar seguro, dentro das normas de higiene.
Generalidades sobre compressores
Existem diversas alternativas técnicas para compressão de ar.
Para comprimir ar, qualquer compressor necessita superar o efeito Clapeyron: P*V/T = constante: ao se comprimir o ar, embora o volume se reduza e a pressão aumente, a temperatura deste aumenta.
Caso haja intenção de obter compressão adicional, ou mesmo dar uso ao ar comprimido em atividades que exijam temperaturas mais baixas, é essencial remover esse calor.
O Compressor de ar pode assumir as seguintes configurações mecânicas:
- a pistão
- parafuso
- de palhetas
- de êmbolo rotativo
- de lóbulos
- turbo
O compressor a pistão utiliza cilindros similares aos de motor à explosão: de fato, ao contrário dos motores, a energia é transmitida das bielas para os cilindros, tudo sincronizado por uma árvore de manivelas.
No compressor turbo, a pressurização é resultado de hélices potentes, proporcionando altas vazões.
Denominado de parafuso, esse tipo de compressor, certamente, dispõe de duas helicóides desenhadas engenhosamente, que em uma extremidade capturam um volume de ar e, à medida que giram, esse volume é deslocado entre as helicóides, ficando confinado em um volume cada vez menor, até ser exaurido na outra extremidade, no vaso de acumulação, devidamente comprimido.
O compressor de palhetas consiste de um eixo girando excentricamente em uma câmara cilíndrica.
Esse eixo arrasta palhetas (placas planas retráteis) que varrem a superfície interna do cilindro, mas à medida que as palhetas avançam a retração destas forças o ar para um volume mais confinado, comprimindo-o entre as palhetas e a superfície da camisa cilíndrica.
Ao final da volta, o ar contido na palheta é descarregado para o vaso de acumulação, seguindo para novo ciclo de compressão. Cada par de palhetas traz nova quantidade de ar em processo de compressão.
O compressor de lóbulos traz, internamente, dois eixos iguais, com perfil oblongo, girando paralelamente, mas em defasagem de 90°.
Montado no interior de uma camisa com formato especial, cada um desses eixos recebe ar da atmosfera a cada ciclo e, à medida que gira, raspa o volume confinado na camisa, proporcionando, ao ar, um volume cada vez mais reduzido, até descarregar o ar já na pressão máxima para o vaso de acumulação, e recebendo nova quantidade de ar para ser comprimido.
O compressor de êmbolo rotativo consiste de um cilindro girando, excentricamente, rente à superfície interna de uma camisa cilíndrica.
Ao se aproximar a aresta de contato do ponto de admissão, o ar atmosférico é injetado na camisa, e uma quantidade deste fica confinada entre a aresta de contato e a câmara de expulsão, que é aberta somente com a aproximação (da aresta de contato), dando saída ao ar para o vaso de acumulação, ficando, assim, pronta para um novo ciclo de compressão.
Qualquer que seja a opção indicada pelos distribuidores, o usuário poderá então pôr em prática sua Rede de ar comprimido.