Se a palavra “chave” lembra imediatamente uma fechadura, não se deve esquecer que, associada à mesma pronúncia, há uma relação de ferramentas, de comutadores elétricos, além de uma série de sensores de processos.
Por este motivo, produzimos este artigo, de forma a apresentar outros modelos de ferramentas que carregam consigo este nome. Confira mais a seguir.
Combate a incêndios
A Chave storz é presença obrigatória em painéis de hidrantes, desses que contém a mangueira de combate a incêndios.
Essa mangueira é guardada desconectada e o seu engate é feito no momento de uso. É por meio da Chave storz que é aplicado o torque sobre o engate hidráulico, permitindo o início de atividades no sentido de combater o fogo.
Outro recurso indicado para combate a incêndios é a rede de sprinklers.
Esta ferramenta consiste em chuveiros instalados em matriz, no teto do ambiente. Cada chuveiro é associado a um sensor de temperatura e a rede é totalmente pressurizada com água.
Caso qualquer um dos chuveiros detecte alguma chama, todos se rompem, liberando água sobre o ambiente.
Um dos recursos associados a esse tipo de instalação é um sensor de vazão, denominado chave de fluxo incendio, que permite sinalizar eletricamente a detecção do fogo, eventualmente para uma central de controle, que pode adotar uma série de outras iniciativas, ligadas ao combate de incêndios.
Entre as iniciativas pode-se elencar a comunicação do evento ao Corpo de Bombeiros, disparar sinais luminosos indicativos de vias de evacuação de pessoal, disparar sinais e mensagens sonoras para orientação dos residentes ou ocupantes das instalações, bloquear acessos para as áreas expostas às chamas, ente outros.
A Chave de fluxo é um dispositivo que associa a existência de vazão mínima com uma informação visual, mecânica ou elétrica. Pode funcionar baseada:
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Na leitura rotamétrica;
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Por diferença de pressão;
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Por detecção acústica;
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Por detecção eletromagnética;
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Por detecção de queda de pressão.
Boa parte dessas técnicas é de fato obtida pelo uso de chave de fluxo eletronica, que depende de alguma automação para interpretar a informação que chega do processo, seja acústica, eletromagnética, piezelétrica, etc.
A informação de presença ou ausência de vazão deve ser de histerética: a presença da vazão somente é confirmada a partir de um valor mínimo e a ausência de vazão abaixo de um valor máximo, sendo que, enquanto a vazão estiver entre esses dois valores, a chave de fluxo não muda sua indicação. Cada tipo de chave pode resultar com uma histerese diferente.
Chaves seccionadoras
Também chamadas de chaves faca, servem para interromper circuitos. Seu uso em residências e comércios foi descontinuado há décadas, substituído por disjuntores.
Atualmente, o uso mais comum da Chave seccionadora tripolar ocorre em linhas trifásicas e em media e alta tensões.
As chaves seccionadoras são usadas em manobras de tensões trifásicas, ainda durante a distribuição, o que pode significar tensões acima de 200kV (200.000V), mas as redes devem redirecionar a energia gerada para as cidades, nas quais as tensões são reduzidas inicialmente a valores entre 140kV e 70kV.
Posteriormente, na região urbana, a energia tem acesso via redes de média tensão, entre 2,3 e 44kV, comumente observadas em postes urbanos, alimentando transformadores abaixadores, que suprem tensões para uso doméstico ou comercial (110/220V), ou industrial (220/380/440V).
A função de desligar circuitos não cabe às seccionadoras, mas sim aos disjuntores. De fato, é a chave seccionadora tripolar preço necessário para a segurança de quem faz a instalação e a manutenção das redes de transmissão.
A necessidade de redes de distribuição foi descoberta no final do século XIX, quando Thomas Edison idealizou a distribuição de energia elétrica para residências e indústrias.
À medida que as distâncias até a usina geradora aumenta, as perdas nas redes de distribuição, resultado da resistência ôhmica, começam a derrubar a eficiência da transmissão.
A solução foi usar a Lei da Potência Elétrica: aumentando-se a tensão, a corrente decai na proporção inversa, o que também permite reduzir as perdas por efeito Ohm e Joule, e, no destino, a tensão é abaixada no ato da distribuição.
A tensão gerada nas hidrelétricas é trifásica, forma sob a qual é enviada por centenas de quilômetros.
Ao chegar à cidade, torna-se bem simples distribuí-la como monofásica (110 ou 220V), bifásica (110+110V), ou trifásica, para uso em infraestrutura (iluminação pública, elevadores e escadas rolantes, semáforos), e indústrias, onde a norma são tensões trifásicas para alimentar motores e equipamento eletromecânico (tornos, fresas, prensas, etc.).